HQ Memória: dezembro 2009 Untitled Document




































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quinta-feira, dezembro 10, 2009

O BICHO

“Este é o bicho que avisamos que vai pegar:

Gordo de 32 páginas.

Grampeado no lombo.

De cor variável por fora

E preto e branco por dentro.

Enfim, um bicho de papel.

Mas de espécie nunca vista, inteiramente inédita por estas bandas: uma revista de HQB. Histórias em Quadrinhos Brasileiras.

Para adultos, de jovens para cima.

Quadrinhos cômicos e sérios, cartuns, desenhos de humor e desenhos.

Os melhores daqui e de agora, daqui e de fora, nunca esquecendo os daqui de ontem.

O Bicho é isso aí, ou é isso aí, bicho. Nenhum bicho específico, mas no sentido geral.

Bicho de criação, bicho carpinteiro, bicho de sete cabeças. De fato, O Bicho já estava por aí, no ar, no solo e subsolo, desmontado mas novo em folha, faltando só juntar as partes, para se apresentar inteiro e poder conquistar, pela qualidade, o título de Bicho de estimação.”


Com esse texto de apresentação, o cartunista Fortuna dava as boas vindas ao leitor na primeira edição de O Bicho. Em meados de março de 1975, dois meses após a distribuição gratuita do n° zero, chegava às bancas a primeira edição de O Bicho.

Conta a lenda que, na época em que Fortuna se preparava para lançar sua revista, Luiz Gê foi conversar com ele e ficou muito satisfeito em saber que o veterano cartunista estava se baseando na experiência da Balão como orientação do seu projeto. Luiz Gê teria dito: “Gostei de ouvir isto! O que me assegura que entramos para a história”.


Lançado pela editora Codecri (Comitê de Defesa do Crioléu), e editado por Fortuna, com uma tiragem de 15 mil exemplares, O Bicho chegou às bancas trazendo a nata dos cartunistas da época, além de resgatar trabalhos antigos de cartunistas e desenhistas brasileiros. Havia espaço também para o material estrangeiro, devidamente selecionado, privilegiando artistas pouco conhecidos por aqui.

A importância desta revista encontra-se no fato de que, trazendo aos quadrinhos a questão do experimentalismo da linguagem – ela veiculava histórias produzidas no intuito de bater de frente com as antigas concepções estéticas baseadas nas HQs enlatadas que eram trazidas ao país até então, além da crítica ao moralismo presente em nossos costumes.


DISSECANDO “O BICHO”


Contando com Luiz Gê e Miguel Paiva como colaboradores internacionais, a equipe principal de colaboradores da revista, já tinha passagem pelas páginas dos jornais Pasquim e Pingente, respectivamente: Nani, Coentro, Guidacci, Fortuna, Mollica e Duayer. Laerte, Dirceu Amádio, Paulo Caruso e Crau também marcaram presença, sendo que alguns deles já colaboravam com a revista Balão.

Aos poucos o time aumentou: Mariza, Michele, Luscar, Lapi, Chico Caruso, Miguel Paiva, Redi, Geandré, Luiz Fernando Veríssimo, Nilson, Canini, Parrot e Fausto.

A revista trazia sob o título o lema: “Cartuns e Quadrinhos não enlatados”, o que dava lugar a artistas como Quino, Roger Brand, Crumb, Wolinsky e Mary Kay Brown, entre outros, lugar garantido em suas páginas.

O Bicho teve vida curta, apenas oito edições, sendo seis editadas pela Codecri e as duas últimas pela EMEBE Editora Ltda. A cada edição trazia uma matéria especial sobre quadrinhos antigos, resgatando a memória de artistas como Seth, Luiz Sá, Carlos Estevão. Mas foi na segunda edição, que O Bicho publicou com exclusividade, todos os detalhes da batalha do Henfil para publicação do Fradim nos Estados Unidos. Mostrando o modelo do contrato padrão da UPS, com as devidas alterações feitas pelo Henfil, curiosamente anos depois Bill Waterson (Criador de Calvin & Haroldo), se valeu de praticamente as mesmas exigências em seu contrato com a UPS. Essa matéria nunca foi totalmente reproduzida em nenhuma outra publicação, tornando-a leitura obrigatória a todos os leitores.

Na terceira edição, Fortuna foi até o Sanatório Azevedo Lima entrevistar o desenhista Luíz Sá, que se encontrava internado para tratamento de tuberculose. Nessa entrevista, Luiz Sá fala de toda a sua carreira, inclusive sobre os seus desenhos animados. Através desta entrevista, um colecionador identificou ter em seu acervo parte das películas originais de um de seus desenhos animados, e dois meses depois, O Bicho reproduziu em suas páginas, as imagens dessas películas.

Na quarta edição, foi resgatada uma série de tiras produzidas em 1948, desenhadas por Carlos Estevão e escritas por Millôr Fernandes ( que na época assinava como Vão Gôgo). Publicadas no Diário da Noite: “Ignorabus, o Contador de Histórias” era totalmente diferente das tiras convencionais da época, brincando com os recursos da metalinguagem e do non-sense, a tira terminava propositalmente em um loop de flashbacks.

A sexta edição de O Bicho, que foi a última editada pela Codecri, publicou uma hq de ficção científica chamada: “A Terra”, escrita por Dirceu Amádio e ilustrada por Leo (Luiz Eduardo de Oliveira). Dirceu Amádio que já era colaborador da Balão, anos depois veio se tornar empresário do setor metalúrgico, e foi reconhecido em 2001 como um dos empresários que mais investiu no setor cultural. Enquanto isso Leo, passou a viver na frança, onde se consagrou como desenhista, admirado mundialmente pelos álbuns da série Aldebaran (publicados no Brasil pela Panini - maio/2006). Leo em entrevista publicada na revista Wizmania # 42 (panini – março/2007), declarou não ter sido pago pelos editores, pela história publicada em O Bicho.

A oitava e última edição de O Bicho, trazia a quadrinização da música “Chiquinho Azevedo” (Gilberto Gil – 1976), com o roteiro elaborado por Fortuna e ilustrada por Crau. Reproduzia também uma nota do JB, que comemorava o acordo entre Maurício de Souza e a Warner, para a publicação das tiras do Pelezinho (outubro/1976), e que em menos de um ano ganhou revista própria na Editora Abril (agosto/1977).


E foi assim que em novembro de 1976, O Bicho apareceu pela última vez nas bancas, apesar de poucos números lançados, tornou-se ao lado da Balão, um dos marcos editoriais que abriu caminho para novos artistas e formulações temáticas e críticas com total liberdade aos autores. Somente dez anos depois tivemos uma nova publicação nestes moldes: Circo (outubro/novembro – 1986), mas isso é assunto para outra matéria.


Consulta bibliográfica:

http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/Enc_Artistas/artistas_imp.cfm?cd_verbete=3855&imp=N&cd_idioma=28555

http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=materias&cod_materia=562

http://midia-radical.blogspot.com/2008/08/imprensa-alternativa.html

http://blogln.ning.com/profiles/blogs/o-pasquim-quarenta-lances

http://br.groups.yahoo.com/group/EuroQuadrinhos/message/1626

http://lambiek.net/artists/l/leo.htm

http://jornalivros.co.cc/?p=235

http://www.guiadosquadrinhos.com/thumb.aspx?cod_tit=bi212100&esp=&total=9

Agradecimento especial ao Fábio Dark pelo scan das entrevistas.

  • postado Nikki Nixon às 1:51 PM


  • quinta-feira, dezembro 03, 2009

    SEGUINDO A TRILHA DO ASSASSINO

    Por Katchiannya Cunha

    Em 2004, a Panini Comics prometeu republicar no Brasil aquele que ainda é considerado por muitos como um dos melhores mangás de samurai de todos os tempos: Lobo Solitário (Kozure Okami no original).
    Três anos depois, o samurai renegado Ito Ogami e de seu filho, Daigoro, finalizaram, no Brasil, a sua longa viagem em busca de vingança contra o clã Yagyu.

    Criado em 1970 por Kazuo Koike (roteiros) e Goseki Kojima (desenhos), esse popular e clássico mangá foi um dos primeiros do gênero (excluindo o trabalho do genial Osamu Tezuka) a introduzir os quadrinhos japoneses no mundo ocidental. A saga do Lobo Solitário e seu filhote influenciou uma geração de artistas tanto na Terra do Sol Nascente quanto no lado de cá do planeta.
    Publicada pela revista semanal Kodansha, esta série teve 114 capítulos em 14 edições (no Brasil foram 28 edições lançadas pela Panini). Além dos quadrinhos, Lobo Solitário teve, no Japão, seis adaptações para o cinema e duas séries para TV durante os anos 1972 e 2002.
    Em linhas gerais, a trama da série é a seguinte:
    Na época do Japão feudal, existiam vários senhores feudais que estavam sob as ordens do Shogun, o mais poderoso e importante dentre os senhores feudais. Embora o Imperador ainda fosse respeitado como figura de poder e ascendência divina, era o Shogun quem efetivamente governava o país. Para manter seu domínio, o Shogun designou três famílias para ocuparem os cargos de ninjas, assassinos e executores.
    A família Kurokawa ficou com o cargo de ninja, devido à sua própria tradição. Os ninjas eram responsáveis por observar todos os feudos no Japão, incluindo os senhores feudais. Qualquer atitude suspeita era informada ao Shogun. Se algum dos subordinados tramasse se opor, se rebelar ou se voltar contra o Shogun, o clã dos assassinos (título dado à família Yagyu) era acionado e o traidor era prontamente executado.
    Em princípio, a família Yagyu também mantinha o título de executores. Os executores eram responsáveis por auxiliar os nobres senhores feudais que se arrependessem de sua traição ao Shogun em um ritual chamado harakiri, ou usando um nome mais respeitável, seppuku.
    O seppuku é um ritual onde a pessoa pega uma lâmina e começa a cortar o ventre, eviscerando-se. Para "aliviar" o senhor feudal ou qualquer outro que fizesse o ritual, o Executor ceifava a cabeça do condenando, deixando uma aba de pele do pescoço sem ser cortada para que a cabeça não rolasse no chão.
    Depois de anos mantendo o título de executores, os Yagyu foram substituídos pelos Ogami na tarefa por decisão do Shogun, que realizou um teste envolvendo o samurai Ito Ogami e o mais jovem dos Yagyu, Retsudo.
    Inconformados com a perda do título, os Yagyu tramaram contra Ito e sua família, forjando provas que levaram o Shogun a crer que Ogami havia lhe traído. Os Yagyu também assassinaram a esposa de Ito, que, mesmo agonizando, deu a luz a Daigoro Ogami.
    Assim, Ito parte, juntamente com seu filho, em uma jornada de ódio e violência para limpar seu nome e vingar a morte de sua esposa e de sua família, percorrendo a espinhosa trilha do assassino.
    A coleção completa de Lobo Solitário soma mais de 8.700 páginas, distribuídas em 28 volumes. A primeira edição ocidental da obra de Kazuo Koike e Goseki Kojima foi lançada nos Estados Unidos pela First Comics, em 1987, como uma série de mensal, que seguiu o formato americano, número de páginas entre 64 e 128 páginas e ordem de leitura invertida para o padrão ocidental, com capas de Frank Miller e mais tarde por Bill Sienkiewicz, Matt Wagner, Mike Ploog e Lago Ray. Em 1991 o título foi cancelado sem completar a série, publicando menos de um terço da série total.

    Em 2000, a Dark Horse Comics começou a publicar a série, completando com o volume 28 em 2002. Reutilizou todas as ilustrações feitas por Frank Miller, bem como várias feitas por Sienkiewicz, e encomendou novas capas a Wagner, Guy Davis, para vários volumes das coleções.
    Em 2002, Mike Kennedy e Francisco Rui Velasco criaram a série: Lone Wolf 2100, com a participação indireta de Koike. Em um futuro pós-apocalíptico, Daisy Ogami, filha de um cientista de renome, e Itto, protetor e guarda-costas de seu pai, tentam escapar do maléfico regime da Cygnat Owari Corporation. Esta série não foi recebida pelo público, tornando-se um fracasso.
    Lobo Solitário chegou a ser publicado, de forma bastante descontinuada, aqui no Brasil, primeiro pela Cedibra em 1989. Além de seguir os modelos gráficos, a edição da Cedibra também copiou da matriz norte-americana o destino de permanecer incompleta. A série foi cancelada em 1989, em seu nono número.
    No ano seguinte, a editora Nova Sampa retomou a publicação, num formato menor, mas com mais páginas por edição. A nova versão também trazia como novidade as belas capas pintadas por Bill Sienkiewicz. Porém, essa versão almanaquinho seguiu os passos da anterior, sendo também interrompida em seu nono número, que chegou às bancas com uma capa ilustrada por Matt Wagner.
    No início dos anos 90, a Nova Sampa ainda insistiu lançando Lobo Solitário como revistinha, com menos páginas, capas ruins e menor qualidade gráfica, numa tentativa que se encerrou em seu quinto número.
    O primeiro filme da série do Lobo Solitário foi realizado pela Katsu Productions, e distribuído pela Toho International Co. “Kozure Okami: Kowokashi udekashi tsukamatsuru” de 1972. O diretor Kenji Misumi pediu para que os criadores do mangá, Koike Kazuo e Goseki Kojima, fossem os roteiristas responsáveis pela adaptação. O primeiro filme da série foi muito bem produzido, com direção inventiva e fotografia exuberante e excelente trilha sonora. As cenas de ação são extremamente bem feitas. Neste é contada a origem do personagem que anda com seu filho enquanto ganha a vida como mercenário assassino.
    No mesmo ano foi lançado o segundo filme da série: “Kozure Okami: Sanzu no Kawa no ubaguruma”, ainda com a mesma equipe do primeiro longa-metragem, este possui o roteiro baseado em três histórias publicadas nos quadrinhos.
    Ainda em 1972 saiu o terceiro filme do Lobo Solitário: “Kozure Okami: Shinikazeni ubaguruma mukau”.
    O diretor Buichi Saito pegou a série ainda em 1972, lançando o quarto filme da série: “Kozure Okami: Oya não kokoro ko no kokoro”. Este é um filme mais para os fãs de artes marciais que propriamente para os fãs do Lobo Solitário.
    Kenji Misumi volta à direção da série em 1973 com o filme: “Kozure Okami: Meifumando”.
    No sexto e último filme da série, “Kozure Okami: Jigoku e ikuzo! Daigoro Daigoro” de 1974, o diretor Yoshiyuki Kuroda não deixa cair à qualidade dos outros cinco e mostra o conflito final entre Ogami Itto e o clã de Yagyu.
    O Lobo Solitário ganhou ainda uma versão americanizada em 1980: “Shogun Assassin”, dirigido por Robert Houston e Kenji Misumi. Que nada mais era do que a condensação dos primeiros filmes originais. “Shogun Assassin” chegou a ser lançado em VHS no Brasil.
    Lobo Solitário foi levado à TV sob a forma de seriado por duas vezes. Kozure Okami foi transmitido em três temporadas de 26 episódios cada, com 45 minutos de duração cada. Essa série foi exibida no Brasil nos anos 80 pela TVS (atual SBT), como “O Samurai Fugitivo”.
    Uma segunda série de tevê foi ao ar em outubro de 2002-2004. Na nova versão Itto Ogami é interpretado pelo conhecido ator japonês Kinya Kitaoji, e seu filho Daigoro é interpretado pelo ator de apenas 3 anos Tsubasa Kobayashi. A nova série trouxe pequenas mudanças na história original do mangá, num esforço de trazer as aventuras do Lobo Solitário mais perto da realidade.

    Surgiram diversas notas na internet de que o mangá ganharia uma versão cinematográfica hollywoodiana e seria dirigida por Darren Aronofsky (Réquiem para um Sonho). O filme seria produzido pela Paramount Pictures e a Mutual Film Company. Mas ao contrário dos ardentes desejos dos fãs da série, o filme não se passaria no Japão Feudal, e sim nos dias de hoje. Nenhuma novidade sobre a produção foi divulgada depois desses rumores iniciais.
    Por causa de sua imensa popularidade no Japão e seu status cult no Ocidente, Lobo Solitário gerou um impacto duradouro sobre a cultura popular no Japão e em outros lugares. Elencamos abaixo as principais “homenagens” prestadas a essa obra:
    . Lone Wolf and Cub também influenciou os quadrinhos americanos, mais notadamente Frank Miller, que incorporou a linguagem de mangá aos seus mais famosos trabalhos como Cavaleiros das Trevas, Ronin e Demolidor.
    . Escritor Max Allan Collins reconheceu a influência do mangá Lobo Solitário, em sua graphic novel “Road to Perdition” (Estrada para Perdição – Via Lettera – 2002), em entrevista à BBC, declarou que "Road To Perdition" é uma homenagem clara a Lobo Solitário.
    . O game: “Final Fantasy X” apresenta um personagem chamado Yojimbo, que pode ser contratado para atacar os inimigos do jogador. Um de seus ataques é realizado por um auxiliar (neste caso um cão), que atende pelo nome de "Daigoro".
    . O quadrinho “Usagi Yojimbo” (Usagi Yojimbo – Via Lettera – 1999), também tem referências a Lobo Solitário, em dois personagens conhecidos como "Lone Goat e Kid".
    . O álbum “Liquid Swords” do rapper GZA contém vários trechos em áudio de “Shogun Assassin”, incluindo o monólogo de Daigoro, a flauta do tigre caído, e a escolha entre a bola e a espada.
    . A canção "Danger! Danger!" da banda britânica Sonic Boom Six contém uma das falas usadas em “Shogun Assassin”, quando os personagens entram na cidade.
    . Na conclusão do episódio 22 de “Samurai Champloo”, tanto Itto Ogami e Daigoro aparecem quando um meteoro atinge o solo. Daigoro é mostrado, dizendo: "Olha, um cogumelo!" referindo-se à nuvem de detritos deixados pelo impacto.
    . No episódio 24 de “Samurai Champloo”, enquanto o personagem Fuu está perguntando sobre Kasumi Seizou, uma mulher diz que ela foi vista cuidando de Daigoro.
    . O volume 2 do filme “Kill Bill” inclui uma cena em que um ex-assassino e sua filha assistem “Shogun Assassin” na TV.
    . No romance de Peter David "Tong Lashing”, o personagem Sir Apros, encontra um homem acompanhado pelo filho que, embora não nomeados, tem uma grande semelhança com Itto Ogami e Daigoro.
    . O escritor Cormac Mcarthy 's em seu livro "The Road", evoca a principal imagem de Lobo Solitário: um velho empurrando o filho dentro de um carrinho de compras em uma América pós-apocalíptica, repleta de perigos, onde a luta pela sobrevivência é travada a cada minuto.
    . Genndy Tartakovsky, criador do Laboratório de Dexter, faz uma homenagem a esse mangá em dois episódios de uma das melhores séries animadas da atualidade e ganhadora do Emmy: Samurai Jack. Em dos episódios da série (episódio XIX), Jack encontra as ruínas de sua terra natal e relembra sua infância. Em uma das cenas, temos a participação de Ogami e Daigoro, numa sensacional cena de luta. Já no episódio LII é o próprio samurai Jack que faz às vezes de Ito Ogami, viajando com um bebê que salvara de um bando de ogros, tal qual o Lobo Solitário faz com seu "filhote" Daigoro. (que foi um dos artistas americanos que mais se rendeu ao genial trabalho de Koike e Kojima.
    De qualquer forma, mesmo depois de cerca de trinta anos de seu lançamento, Lobo Solitário ainda é lembrada e reverenciada por suas infinitas e sólidas qualidades artísticas e narrativas. E é exatamente por todos esses motivos que devemos mesmo é nos sentir honrados pela oportunidade de lermos a épica saga e obra-prima de Kazuo Koike e Goseki Kojima.

    Referências bibliográficas:
    http://maisquadrinhos.blogspot.com/2008/03/longa-jornada-do-lobo-solitrio.html
    http://www.gibitela.hpg.ig.com.br/lobosolitario.htm
    http://en.wikipedia.org/wiki/Lone_Wolf_and_Cub
  • postado Nikki Nixon às 12:03 PM